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Já pensou alguma vez em ter uma pequena, ou pequeníssima, horta em casa? Nem todo mundo consegue. Aliás, pouquíssimos. Mas quase todos poderiam ter pelo menos uma cebolinha, uma salsinha... aqueles temperos básicos. Muita gente faz isso até na janela do apartamento.
 
É o meu caso. Vindo de uma cidade do interior, onde aprendi a amar quase todo tipo de planta, tratei de buscar alternativas para mexer com pelo menos um pouquinho de terra e, principalmente, plantas. A janela da cozinha do apartamento, mesmo pequena, virou um espaço onde o verde floresce. E, de vez em quando, a comida ganha um tempero de produção própria. Pizzas com manjericão e rúcula da “hortinha” se tornaram um hábito saudável e saboroso.
 
Agora surge mais uma pergunta básica: Que diferença isso vai fazer em sua vida? Além do prazer que muitos têm de lidar com estes elementos da natureza (nem todos, é claro...), há também o privilégio de ter na sua mesa alguns produtos livres de agrotóxico.

 

O ator Marcos Palmeira colocou muito bem a questão: “Para mim, um pé de alface era algo natural e ponto. A ficha caiu quando percebi que nem mesmo os produtores comiam o que plantavam, por causa dos agrotóxicos”. E foi que aí que ele resolveu ir à luta. Um sítio em Teresópolis (RJ) passou a ser o espaço de produção do ator que, depois, criou um ponto de venda no Leblon, Rio.
 
Os agrotóxicos já são vistos como “um novo mal do século”. Para muitos, o que manda é a “grana que ergue e destrói coisas belas”, como disse Caetano na música Sampa. Nesse caso, a viabilidade econômica do negócio fica em primeiro lugar.

 

E é bem difícil não ser vítima dessa lei selvagem no que se refere à alimentação. Um caminho é procurar pontos de venda de hortifrúti onde se conhece a procedência. Você vai pagar um pouquinho mais caro, mas vale a pena. Outra saída é colocar a mão na terra e adotar o estilo “faça você mesmo”.

Os orgânicos e a janela do seu apartamento

Reny Cruvinel

Jornalista, publicitário e músico.

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